terça-feira, 26 de junho de 2012


— Volta pra mim?
— Engraçado, a um tempo atrás isso era tudo que eu queria ouvir.
— E não é mais?
— Não.
— Mas por que não? O que eu fiz de tão errado assim?
— Quão irônico isso soa né?
— Não estou te entendendo.
— Me lembro do dia em que eu disse essas palavras.
— Que palavras?
— Essas que você acabou de dizer, “O que eu fiz de tão errado assim?”
— Para com isso, já passou. Me perdoa?
— Como se fosse tão fácil assim.
— Por favor?
— Não dá, não depois de tudo que você me fez passar.
— Mas eu estou arrependido, eu te quero de volta, percebi que você é tudo que eu sempre quis.
— Já é tarde demais, me desculpe.
— Não faz isso.
— Faço. Faço por que você merece passar na pele tudo que eu passei. Você merece sofrer a dor de não ser correspondido. Você merece aprender a dar mais valor a quem se importa contigo.
— E se eu não conseguir ficar sem você?
— Você consegue.
— Não sei se consigo, não sei se vou aguentar.
— É tudo uma questão de tempo, até você achar um outro alguém melhor que eu.
— E se eu não achar?
— Acha sim, cá entre nós eu não sou a melhor pessoa do mundo.
— Na boa, não vou superar ficar sem você.
— Você supera, você consegue. Depois de tudo eu consegui superar, você também pode.
— Você não me ama mais?
— Tenho um carinho enorme por você.
— É… Você não me ama mais.
— Pois é, um dia a gente cansa de sofrer. Ou você realmente achava que eu passaria o resto da vida correndo atrás de uma pessoa que só reconheceu o que tinha quando perdeu?

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