sexta-feira, 27 de janeiro de 2012



(…) E depois de tanto tempo, ela ainda sentia alguma coisa por ele. Não era tão intenso como antes, mais ela sentia, e se manifestava cada momento que ela colocava os olhos nele. “Faz tanto tempo já né? O porque eu sinto isso ainda?”, ela pensava enquanto olhava ele dava um sorriso para qualquer coisa que um de seus amigos dizia. Ele a viu, ele sorriu mais ainda, e ela espontaneamente sorriu junto. Ele acenou, ela fez o mesmo e saiu. O sorriso saiu de seus lábios. Ela queria que ele viesse falar com ela, perguntasse como ela estava, o que ela estava fazendo, como tinha sido o seu dia. Mais nada, como sempre. Ele já deveria estar com outra garota, e pelo sorriso que estava em seu rosto ele deveria estar muito feliz. Ela achou que com ele seria diferente, que seria especial, mais não foi. Bastou um beijo para ela se apaixonar, e foi ai que ela errou. Ela não era de se apegar a ninguém tão rápido, mais com ele foi totalmente diferente. Ele já havia conquistado ela nas palavras, nas atitudes. Mais talvez era isso que ele queria, vai saber. Ela se sentia uma tola por ter alimentado aquele sentimento, que só ia fazer mal tanto mal para ela. Ela chorou, ela sofreu, ela se decepcionou, ela sentiu ciumes, ela quis morrer. Isso tudo em troca do que? De no final, todo aquele sentimento que ela sentia fosse acabando e não de um jeito saudável, ela começa a odiar o garoto. Odiá-lo por ser tão egocêntrico, por ser tão daquele jeito que nem ela consegue explicar. As lembranças daquela festa, em que ele beijou uma garota na sua frente vinham a tona. E o olhos começaram a se encher de lágrimas. Aquilo a matou por dentro. Como ela desejava ser a garota que estava tocando os seus lábios. Como ela queria ser aquela garota. E por alguns instantes os olhos dos dois se encontravam, em meio aquela multidão toda. Ela não sabia o que sentir. Ela não queria mais sentir. Ele estava com outra não é? Ele já tinha a superado, porque ela não podia fazer a mesma coisa? Por que ele fazia aquelas coisas? Por que aquele sentimento insistia em ficar ali no seu coração? Ela queria respostas, mais o que ela conseguia era ainda mais perguntas. Ela só queria uma coisa, poder ler os pensamentos daquele garoto, ela queria ter certeza que aquilo que ela sentia não era reciproco.
(…) “Ela passou por mim, e eu nunca pensei que o meu coração conseguia bater tão rápido como bateu quando meus olhos foram de encontro aos dela. Ela não mudou, continua linda, desde a ultima vez que a vi.”, pensou o garoto. Ele não sabia o porque deixou de conversar com a garota, não entendia o porque depois de tanto tempo ele ainda se sentia confuso em relação a ela. Havia um tempo que ele não conseguia tirar a garota da cabeça, e ele simplesmente não entendia o porque. “Ela não era igual as outras garotas, que corriam atrás, que faziam de tudo para estar comigo. Ela não correu atrás, não forçou nada, me deu espaço. Acho que é por isso que essa garota me deixa tão intrigado”. E o garoto tinha razão. Ela parecia não se importar com ele, como ela fez quando o viu. Simplesmente sorriu e saiu, como se nada tivesse acontecido. Aquela atitude da garota fez o coração dele apertar, e ele nem entendia o porque. Se passou tanto tempo. Ele lembrava daquela festa em que estava com uma garota que ele pensava amar em seus braços, quando no meio de tanta gente viu aquele sorriso lindo. Ele não conseguia tirar os olhos dela, mesmo com aquela garota do seu lado. E por um instante ele se perguntou se gostava da garota com quem estava de mãos dada. Mais também se perguntou, porque aquela garota de sorriso tão lindo o fazia se sentir daquele jeito? Era tantas perguntas, sem nenhuma resposta. “O que será que ela pensou quando me viu?”, “Será que ela está sozinha? Impossível, ela é tão linda e tão meiga”, “Eu queria ter coragem de ir falar com ela”, “Por que ela não vem falar comigo?”. Ele começou a se lembrar das inúmeras conversas que eles tiveram, conversas aquelas que duravam horas e que mesmo assim o assunto nunca acabava. Ele se lembrou o quanto a garota era tímida e que aquela timidez a deixava mais linda, se isso era possível. O tanto de coisas que eles tinham em comum, os sonhos eram iguais. O porque eles pararam de se falar mesmo? Talvez orgulho de mais dele, ou orgulho de mais dela. A verdade era, que ele queria que tudo voltasse a ser como antes. Ele sentia sim alguma coisa pela garota, ele só não sabia o que era. Se era um carinho muito grande, ou um sentimento de amizade, ou até mesmo se ele gostava dela. Ele não sabia explicar, e confusão na sua cabeça era ainda maior. Ele só teria as respostas para as suas perguntas, se uma coisa acontecesse: ler os pensamentos daquela garota.

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