Que tipo de garota carrega na sua bolsa uma foto antiga que tirara com o seu antigo e ex- melhor amigo?  ok, devem estar se perguntando o por que de umex antes da palavra melhor amigo não é mesmo?! A parada é o seguinte, nossa amizade era tipo… perfeita e imperfeita antes de eu estragar tudo. Antes de eu me apaixonar por ele e então, nos afastamos. Qual foi, a culpa não foi minha. Na verdade foi do meu coração bobo e tolo. Na boa? eu ainda gosto dele e ter uma foto nossa perto de mim me tranquilizava, me fazia ficar bem. Abri minha bolsa e a peguei, fiquei observando nossa foto por longos minutos e lembrando-me do dia em que ela foi tirada… seu sorriso, nosso abraço, nossas brincadeiras tudo, tudo aquilo ainda significava para mim mesmo que tenha ficado no passado. Então a foto voou, meu coração vacilou enquanto eu a via ser carregada pelo vento, me agachei e engatinhei até chegar nela pouco me lixando para os olhares curiosos que as pessoas estavam me lançando mas antes de eu pega-la uma mão a segurara e a levantara, com coração na mão e prestes a ter um ataque cardíaco me levantei do chão começando a limpar minha calça. 

- Por favor… - eu estendi a mão como pedido para que entregasse o que erameu. - Isso é meu. 

Eu reconhecia aquele garoto de algum lugar, sério mesmo, acho que eu já tinha o visto em algum lugar. 

- Eu sei que é. - ele falou desviando seus olhos da foto para mim agora. - Olha… estranho.

Peguei rapidamente a foto de sua mão e a guardei dentro de minha bolsa novamente, suspirei pesado e dei as costas para ele. Sei que não era educado mais ele tinha pegado a minha foto, a que eu mais tinha gostado e se eu não tivesse pego.. talvez ele nem devolveria. Quem ficaria com uma foto de dois estranhos? 

- Ele ainda também sente sua falta. - ele sussurrou, mais eu escutei.. aquilo tinha me paralisado. Peraí, esse garoto conhecia ele? como? quando? ele sabia de mim? meu coração se acelerou e bem lentamente, fui me virando. - Ele também tem essa foto.

Com muito esforço de controlar meu choro falei:

- E quem é você para falar isso? - perguntei quase aos prantos.

- Estranho. - ele disse novamente. - Sei que não nos falávamos, mas pensei que iria me reconhecer… sou o irmão dele.