segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mas eu sou muito orgulhosa, poderia ir até ele, poderia dizer tudo que eu sinto, mas ele quis assim. Tenho saudades,saudades do que fomos um dia. Confesso que todos os dias fico horas olhando nossas fotos juntos, fico horas olhando o que fomos um dia. Agora fico aqui, orgulhosa e com saudades. Sim, eu poderia mudar isso, poderia pegar o telefone e ligar. Poderia ir até a casa dele… Quer dizer, uma hora um terá que ‘dar o braço a torcer’ não é? Eu sei que ele não vai, e eu não aguento mais ficar sem, dói demais. Vou na casa dele…
— Você aqui?
— É, eu sei. Entendo você ficar supreso.
— O que faz aqui?
— Continua grosso, não vai mudar não é? Mas isso não interessa agora. Vim conversar, ou não temos mais nada pra conversar?
 Ele fica pensativo, me encarando.
— Responde, ou eu vim aqui atoa?
— Sabe, nossa última conversa não foi das melhores. E se for pra ser como aquele dia, melhor nem conversarmos.
— Não vai me chamar pra entrar?
— Tá, entre. Espero que não me venha falar as mesmas coisas.
— Não, hoje eu não trouxe meu orgulho.
— Que bom!
Estávamos inquietos, como era esquisito, ficarmos tão proximos e não estarmos um no braço do outro.
— Então do que se trata?
— De saudade.
— Saudade?
— Sim, saudade do que um dia fui ao seu lado, saudade do que fomos. Você não sente?
— Sinto, como sinto! Mas você quis assim…
— Você não me deu escolha
— Viu?
— O quê?
— Você sempre me culpando, sempre dizendo que eu sou o errado.
— Desculpa. Eu também errei. Os dois erraram, então…
O silêncio reina entre nós, olhares inquietantes. Daria pra escutar até uma mosca.
— Então, o que você quer?
— Não sei.
— Eu sei o que eu quero
— E o que é?
— Não me machucar de novo, não cometer os mesmo erros. Quero te ter só pra mim, ser os motivos do seu sorriso, quero ter sua boca na minha. Sermos o que um dia fomos.
Mais uma vez o silêncio toma conta.
— Eu sei o que eu quero então.
— O que queres?
— Você
— Eu sempre fui sua, só você não percebestes.
— Mas a gente não estava junto durante esse tempo, e se você encontrou outro
— Meio impossivel encontrar outro.
— Por que, impossivel?
— Porque nenhum era você.
— E você, encontrou outra?
— Não quis, não quero outra. Quero só uma, quero só você.
Ele se aproxima junto à mim, e passa amão no meu rosto, e por alguns minutos ficamos nos olhando
— O que estamos esperando?
— Não sei…
Ele me beijou. Com eu queria aquele beijo de volta a minha boca. Deus, ele era doce.
— Não faça mais isso, não vai mais embora pequena.
— Não me dê motivos pra ir, se quer que eu fique.
— Não darei. E se quiser ir embora outra vez, dessa vez não deixarei ir, e se for irei ao teu lado.
Estava de volta ao seus braços, certa vez escutei que o melhor do namoro, são as reconciliações, elas sim são a melhor parte de um namoro. Mas eu não quero mais me reconciliar, porque daqui em diante seremos o que sempre fomos, um do outro.”

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